02/09/2008

Livros inesquecíveis


A leitura é uma das minhas atividades preferidas. E sempre digo aos alunos: para escrever bem, é preciso ler muito. Com a leitura, não só tomamos contato com a linguagem escrita e suas regras, como também ampliamos o nosso vocabulário e, principalmente, aprendemos novas formas de olhar o mundo, a vida, os sentimentos e as pessoas.

Quando eu era criança, lia muito. Não lembro qual o primeiro livro, mas lembro que li quase todos de Monteiro Lobato. E lembro com saudades do livro A Chave do Tamanho. Depois descobri Jules Verne e Viagem ao Centro da Terra é um dos livros do qual lembro com carinho.

Depois, já adolescente, um livro que achei "chocante" foi A Metamorfose, de Franz Kafka. Seguido de A Peste, de Albert Camus. Também nessa época eu li Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. Paralelamente, gostava de ler poesia. E lia muito Drummond, Bandeira, além dos poetas (e prosadores)de língua inglesa. Foi na adolescência que descobri Shakespeare. Jane Austen veio um pouco mais tarde e ainda hoje é uma das minhas escritoras favoritas. Há também os americanos como Faulkner e Hemingway. Não posso esquecer de Dom Casmurro, de Machado de Assis, Memorial do Convento, de José Saramago e de A Grande Arte, de Rubem Fonseca (livro que li na faculdade e que muito me marcou). Há também El Aleph, de Borges e, ano passado, quando estive no Chile, descobri um grande autor: Roberto Bolaño.

Hoje em dia, procuro conhecer a prosa e poesia contemporânea, como Adriana Lisboa (Rakushisha, um grande livro), Paulo Henriques Britto (Macau é imperdível!), Milton Hatoum (Relato de um Certo Oriente), José Eduardo Agualusa (O Vendedor de Passados), Coatzee (Disgrace) e Ali Smith(The Accidental), entre outros; mas, por força da profissão, acabo relendo os clássicos. E adoro porque é nesse momento que trabalho e lazer se misturam.

Também gosto imensamente de ler textos para teatro. Nelson Rodrigues (Dorotéa, A Falecida, Vestido de Noiva), Ibsen (Casa de Bonecas) e uma peça que considero perfeita sob vários pontos de vista: O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna.

Eu costumo dividir os livros lidos em dois grupos: os inesquecíveis que me dão vontade de reler e volta e meia eu cito passagens. E aqueles que leio e esqueço. Como o tempo é curto, não dá para ler tudo o que gostaria, ou precisaria, por isso, costumo selecionar bem os livros que leio.

E você? Quais são os seus livros inesquecíveis?

2 comentários:

Toth disse...

Olá, Gostei de ler este tópico e não podia deixar de dar os meus parabéns a esta descrição e a esta ideia inesquecível. Queria convidar-te a visitar um blog que esta no início da sua existência e que têm ainda muito trabalho pela frente. Vais encontrar uma rúbrica "Nunca mais me esqueço de..." onde queria convidar-te a partilhares connosco as tuas vivências literárias e o teu gosto pelos imortais livros. Deixo-te o convite para visitares http://papirusdetoth.blogspot.com/
e fazeres parte da comunidade dos livros.

Boas leituras
TOTH!

Janaína Pietroluongo disse...

Obrigada pelo seu comentário, Toth. Visitarei o seu blog e desde já desejo muito sucesso.

Um abraço,
Janaína