27/08/2008

Pontuação


Há uns anos atrás, um livro sobre pontuação tornou-se bestseller na Inglaterra. Incrível, não? O livro chama-se Eats, shoots & leaves e até a autora, Lynn Truss, ficou espantada com o sucesso de vendas. O pequeno livro desencadeou uma onda de preocupação com a pontuação, debates, entrevistas e visitas a escolas, tornando óbvio que muita gente tinha dúvidas a respeito de pontuação.

Quando escrevemos, não contamos com os mesmos recursos da linguagem oral. E para que nosso texto seja claro e fluido, precisamos utilizar a pontuação. É ela que irá indicar ao leitor as pausas, as mudanças de idéias, as reflexões. Às vezes, noto em algumas redações que recebo que nem as regras básicas são respeitadas. Por exemplo, não se pode separar o sujeito de seu predicado, ou um verbo de seu complemento.

Se alguém possui alguma dúvida a esse respeito, pode consultar uma boa gramática ou os links abaixo. Os meus alunos podem sempre me perguntar pessoalmente.

http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrgula

http://sbi_web.ifsc.usp.br/manual_rich_redpr2aed.pdf


Para quem se interessar pelo livro da Lynn Truss:

http://www.guardian.co.uk/books/2004/apr/11/features.review1

http://en.wikipedia.org/wiki/Eats,_Shoots_&_Leaves

http://www.amazon.com/dp/1592400876/ref=nosim?tag=sealarksgoodbook&link_code=as3&creative=373489&camp=211189

E para quem quiser se divertir um pouquinho, uma velha história disponível na rede:

A IMPORTÂNCIA DA PONTUAÇÃO

Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e pena. Escreveu assim:
Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.


Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro concorrentes.

O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não!
A meu sobrinho.
Jamais será paga a conta do padeiro.
Nada dou aos pobres.


A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:

Deixo meus bens à minha irmã.
Não a meu sobrinho.
Jamais será paga a conta do padeiro.
Nada dou aos pobres.


O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.


Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não!
A meu sobrinho? Jamais!
Será paga a conta do padeiro? Nada!
Dou aos pobres.

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